There are certain occasions that deeply change the way we look at and interact with the world. It was like this in 2016, when, for three months, we were at HAMK, being a part of 9 months Finnish-Brazilian teacher education, The VET Teachers for the Future -programme.
At that time, we were not sure what to expect. To our surprise, the initial tension and anxiety soon became the most profound, touching and meaningful learning experiences. The experience was memorable for both technical and social learning. Proof of this is that, even today, it is impossible not to be moved by the memory of the affection, dedication, kindness, disposition, companionship and solidarity with which we were treated.
We will never know how to thank you properly for the touching zeal and vision of our dear experts, Seija Mahlamäki-Kultanen, Maaret Viskari, Essi Ryymin, Irma Kunnari, Marja Laurikainen, Sanna Ruhalahti, Simo Uusinoka, Jouni Enqvist, Vesa Parkkonen and so many other professionals who received us and gave their guidance to us during the period we were there. Even with the multitude of positive factors, changes require leaving your comfort zone. In that scenario too, we had to face conflicts, contradictions, doubts and barriers. However, it was facing the difficulties and overcoming the challenges that united us and made us stronger.
After four years, it is possible to say that, today, we are experiencing a similar situation in intensity, but opposite in meaning. The Covid-19 pandemic put us, again, in an unusual state of expectation and tension, although this time it is something we would never want to experience. The present social crisis has had an impact on the school and presented us educators with new challenges. What do we do in the face of the alarming scenario of social isolation? How can we react to the uncertainties and anxieties arising from the rupture of our personal and professional plans?
We have taken the opportunity to continue PBL (Problem Based Learning) work that we developed with our students; one of the fruits of our Finnish experiences. The exercise involves the discussion of themes, with the incorporation of the notions and experiences of the students themselves for the collective construction of guidelines for our actions. Following that, students identify, describe and analyze reality problems, establish coping strategies and then report the process.
The challenge is to make the complex situation a learning moment. However, our experience has shown that, in addition to content, interpersonal relationships are fundamental for learning to be meaningful and make a difference in what we are and do. Factors such as affection, kindness, otherness and solidarity in pedagogical actions can be the great differentials in this moment of social withdrawal. As our Finnish friends used to say, “less is more” sometimes. Even in the face of uncertainties about how to do it, it is an invitation to implement “Learning by doing”!
Há certas ocasiões que mudam profundamente nosso modo de olhar e interagir com o mundo. Foi assim em 2016, quando, por três meses, estivemos na Hamk, fazendo parte do programa VET III: Professores para o Futuro.
Àquela época não sabíamos bem o que esperar. Para nossa surpresa, a tensão e ansiedade iniciais logo se converteram nas mais profundas, tocantes e significativas experiências de aprendizagem. A experiência foi memorável tanto pelo aprendizado técnico quanto social. Prova disso é que, mesmo hoje, é impossível não se emocionar com a lembrança do carinho, dedicação, gentileza, disposição, companheirismo e solidariedade com que fomos tratados.
Jamais saberemos agradecer devidamente pelo tocante zelo e olhar das nossas queridas Seija Mahlamäki-Kultanen, Maaret Viskari, Essi Ryymin, Irma Kunnari, Marja Laurikainen, Sanna Ruhalahti, Simo Uusinoka, Jouni Enqvist, Vesa Parkkonen e tantos outros profissionais que nos receberam e se doaram a nós no período que lá estivemos. Mesmo com a infinidade de fatores positivos, mudanças exigem a saída da zona de conforto. Também naquele cenário tivemos que enfrentar conflitos, contradições, dúvidas e barreiras. No entanto, foi o enfrentamento das dificuldades e a superação dos desafios que nos uniu, e nos tornou mais fortes.
Após quatro anos, é possível dizer que, hoje, vivemos situação semelhante em intensidade, mas contrária em sentido. A pandemia do Covid-19 nos colocou, novamente, em estado inusitado de expectativa e tensão, ainda que, dessa vez, seja algo que jamais desejaríamos viver. A presente crise social impactou na escola, e apresentou a nós, educadores, novos desafios. O que fazer diante do alarmante cenário de isolamento social? Como reagir às incertezas e angústias decorrentes da ruptura de nossos planejamentos pessoais e profissionais?
Temos aproveitado para dar continuidade a um trabalho de PBL (Problem Based Learning) que desenvolvemos com nossos estudantes, um dos frutos das nossas experiências finlandesas. O exercício passa pela discussão de temas, com a incorporação das noções e experiências dos próprios alunos para a construção coletiva das diretrizes para nossas ações. No momento seguinte os estudantes fazem identificação, descrição e análise de problemas da realidade, estabelecem estratégias de enfrentamento e depois relatam o processo.
O desafio é fazer da complexa situação um momento de aprendizado. Entretanto, nossa experiência mostrou que, para além dos conteúdos, as relações interpessoais são fundamentais para que os aprendizados sejam significativos e façam a diferença naquilo que somos e fazemos. Fatores como carinho, gentileza, alteridade e solidariedade nas ações pedagógicas podem ser os grandes diferenciais nesse momento de afastamento social. Como diziam nossos amigos finlandeses, algumas vezes, “less is more”. Mesmo diante das incertezas sobre o como fazer, é um convite ao “Learning by doing”!
Prof. Dr. Robson Félix
Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul
Câmpus Campo Grande
Photos: Robson Felix
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